JESUS - A FONTE DE ÁGUA VIVA


“Jesus lhes respondeu: Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te diz: Dá-me um pouco de água, tu lhe pedirias e ele te daria água viva

Há um interesse muito grande por parte da Comunidade Científica, no que diz respeito à possibilidade da existência de vida fora da terra. Biliões de dólares têm sido gastos com as tecnologias de ponta, na área da Astronomia e da Astrofísica, na tentativa de encontrar vestígios de vida (passada ou presente), ou evidências reais de condições favoráveis à existência de seres vivos, fora do nosso planeta azul.
Entre os vários elementos procurados para garantir a possibilidade da existência de vida, nesses planetas em exploração, destaca-se a presença da água, independentemente do estado físico em que esta se encontre.
Para o mundo científico, a presença deste composto químico serve de estímulo para continuação do processo de pesquisa, que pode levar ao desvendamento de muitos “mistérios”  do nosso - e ainda pouco conhecido - mundo.
É interessante o facto de, nas Escrituras Sagradas, a relação de Deus com o Homem ser expressa numa intensa linguagem metafórica, onde a água é usada como elemento incontornável na representação da vida abundante que só Deus pode dar. Esta vida (e todos os benefícios que a  acompanham) é frequentemente representada pela água viva, isto é, corrente, fresca e destituída de impurezas, em contraste com aquela tirada das cisternas e dos poços, estagnada, e na maioria dos casos, imprópria para consumo.
Na antiga dispensação, Deus, por intermédio do profeta Jeremias, denunciou o povo de Israel, que o tinha abandonado, acusando-o de insensatez pelo facto de ter “trocado a sua glória por aquilo que é imprestável” (Jeremias 2:11b). A linguagem metafórica usada para esta traição espiritual foi, mais uma vez, a da água. Os israelitas tinham abandonado o seu Deus, “a fonte de águas vivas”, e tinham cavado “cisternas furadas, que não detinham água” (Jeremias2: 13).
O apóstolo João, ao narrar a história da vida do Senhor Jesus, organizou o seu relato do um modo didático, apresentando-nos dois diálogos intensos que o Senhor teve com Nicodemos (o mestre judeu, no capítulo 3) e com a mulher samaritana (no capítulo 4). Em ambos, o tema da vida eterna aparece juntamente com a metáfora da água (João 3:5 e 4:10).
No diálogo com a mulher samaritana, o Senhor Jesus desafiou-a a aperceber-se de duas realidades determinantes da verdadeira fé: a natureza do dom de Deus e a natureza da pessoa que lhe pedira água do poço para beber.
Ao desafiá-la a fazê-lo, Jesus revelou-se como a verdadeira fonte de água viva que sacia a alma humana. A água que ele (e somente ele) pode dar, mais do que um composto químico que sacia a sede física, é a própria vida eterna que é trazida pela presença e pelo ministério do Espírito Santo no coração do crente.
O dom de Deus, mencionado pelo Senhor Jesus à mulher não é outro senão a vida abundante que ele concede a todos os que nele crêem, e que, como resultado dessa fé, se tornam santuários habitados pelo Espírito Santo, canais de bênçãos para outros e vasos úteis nas mãos do Deus vivo (João 7: 38, 39).
A sede mais profunda da alma humana só pode ser satisfeita pelo próprio Deus, que nos criou à sua imagem e semelhança, sendo a causa da nossa real felicidade e da nossa satisfação completa.
Visto que o Senhor Jesus é a verdadeira fonte de água viva, que traz vida, fazer missões significa proclamar o dom de Deus, manifestado em Jesus, e anunciar   a um mundo perdido e sedento o senhorio de Cristo.
Anunciemos, pois, a única mensagem que importa: a mensagem de vida que só Cristo pode conceder, visto ser ele a fonte de água viva. 
Soli Deo Gloria!       
        Pastor Samuel Quimputo
Boletim  nº 132
28 outubro 2012