MENSAGEIROS DAS BOAS-NOVAS



É incontestável o ensino bíblico da auto-suficiência de Deus. A sua vontade é soberana e será inevitavelmente realizada. No fim de tudo, o Seu plano de salvação será executado com toda a precisão e justiça (Isaías 43:13; 46:9,10).

Porém, algo de maravilhoso nos é revelado nas Escrituras e que se prende com o facto de este mesmo Deus, soberano e auto-suficiente, cuja existência não depende de outro ser, ser também aquele que, com o seu amor e beneplácito, resolve realizar a sua vontade, manifestar a sua providência e executar os seus planos redentores, usando as suas criaturas (anjos e homens) na concretização dos seus planos.

No caso dos seres humanos, esta  verdade é reveladora da bondade e da complacência do grande Deus que se deleita em usar criaturas tão fracas e inconstantes como nós, e connosco graciosamente coopera,  na realização da sua vontade.

Como Rei e Salvador, por excelência,  Deus continua a redimir homens e mulheres, tirando-os do poder das trevas e transportando-os “para o reino do seu Filho amado” (Colossenses 1:13). E, ao fazê-lo, convidando pecadores alienados e rebeldes a arrependerem-se da sua impiedade, Ele usa aqueles que já experimentaram a graça salvadora, e que se renderam a Cristo, como seus servos, a fim de proclamaram a mensagem da salvação.

O ministério de anunciar o Reino de Deus é o empreendimento mais nobre que Ele concedeu a todos aqueles que foram lavados pelo imaculado sangue do Senhor Jesus. É um legado missionário que nos foi deixado pelo próprio Deus, ao enviar o Seu Filho à terra, na semelhança da nossa carne, a fim de que, pelo seu sacrifício, fôssemos redimidos.

Maravilhado com  tamanho privilégio, Isaías proclama a bem-aventurança daquele cujos pés se prontificam a anunciar a mensagem da salvação. Os seus pés são considerados “formosos” porque:
- anunciam as boas novas, isto é, boas notícias, o evangelho que revela o poder salvador de Deus (Romanos 1: 16; 1 Coríntios 1:18);

- proclamam a paz com Deus que garante a nossa segurança e nos faz experimentar a paz de Deus;
- anunciam o bem que emana do Pai das luzes, a fonte de toda a bênção e de toda a boa dádiva, cujo coração é bondoso e cheio de misericórdia (Tiago 1:17);

- proclamam a salvação eterna que nos vem pelo Amado, que se deu a si mesmo para ser o nosso representante, substituto e também o nosso suficiente Salvador, por meio de quem fomos perdoados, reconciliados com Deus e feitos ministros da reconciliação (2 Coríntios 5:18,19).
Todo o empenho missionário daqueles que já foram alcançados pela maravilhosa graça de Deus tem como objetivo primordial a proclamação do reino (isto é, do governo) universal de Deus, onde Cristo é entronizado e conclamado Rei.

Fazer missões, portanto, é assumir a função de cooperador de Deus no anúncio das boas-novas da salvação e do domínio do nosso bom Pai.

O apóstolo Paulo afirmou que “a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17); o que significa que a Palavra de Deus é o meio instrumental, por excelência, na proclamação do evangelho da graça.

Que os nossos pés se apressem na proclamação das Boas-Novas da salvação. Soli Deo Gloria! 

Pr. Samuel Quimputo
Boletim 160
5 abril 2015