NOSSA IDENTIDADE VISUAL

 


A representação visual destaca três aspectos importantes da nossa identidade: (1) A imagem da Bíblia destaca a centralidade das Escrituras, como a base suficiente da nossa fé e prática; (2) A cruz no centro destaca a nossa identidade cristã, pois Cristo é o centro das Escrituras e, consequentemente, o centro da nossa fé, vida e mensagem; (3) A cruz celta é uma afirmação da nossa doutrina e identidade, revelando a nossa herança Protestante; representando o nascimento, morte e ressurreição de Cristo, bem como a vida eterna no reino de Deus. Em algum momento depois da Reforma Protestante, a cruz celta tornou-se um dos símbolos do protestantismo histórico e reformado, nomeadamente das igrejas Baptistas, do presbiterianismo; do Anglicanismo e das igrejas reformadas. 


As origens da cruz de Cristo remetem à eternidade passada. Apocalipse 13.8 fala sobre o “livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” Em 1 Pedro 1.20-21, com muita clareza, lemos: “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós; e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus”. Portanto, antes mesmo do homem ter caído, quebrando a relação com Deus, Deus havia planeado o evento que iria efetuar a cura dessa relação para todos os que confiam em Cristo e, portanto, esta cruz é usada neste contexto e significado. O círculo em volta da cruz celta simboliza este plano eterno e redentor (Ap 22.13). Outros, porém, observam que com o círculo em volta da Cruz, se formam quatro espaços vazios que representam os quatro evangelhos, destacando que estamos reunidos em torno da  mensagem é evangélica. 


As cores escolhidas estão alinhadas com a tradição artística da igreja cristã. O verde representa a esperança do triunfo da vida sobre a morte e, consequentemente, da renovação e do renascimento. O branco tem sido a cor que simboliza a pureza, a luz, a vida eterna e a vitória do Ressuscitado e dos que triunfam com Ele. Portanto, a partir de um diálogo crítico e criativo com a tradição artística do cristianismo - numa perspectiva puramente reflexiva e contemplativa - as cores dos elementos gráficos podem servir para retratar diferentes traços da mensagem cristã: (1) A Bíblia aberta na cor verde e branca serve para simbolizar o conteúdo da nossa fé e esperança (1 Pe 3.15; Rm 10.17); que a Palavra de Deus é luz para o nosso caminho (Sl 119.105); é uma fonte de purificação (Jo 15.3), de edificação (1 Tm 3.16) e de regeneração (1 Pe 1.23). (2) A cruz branca destaca a pureza e a santidade do Divino Redentor que nela foi crucificado pelos pecadores (1 Pe 2.22; Ap 5.9). Aquele que morreu na cruz é a luz do mundo (Jo 8.12) e o príncipe da paz (Is 9.6; Jo 14.27); é o único mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5; Jo 14.6); é a ressurreição e a vida; e quem crê Nele, ainda que esteja morto, viverá (Jo 11.25).


Tais interpretações, apesar de subjectivas e intuitivas, possuem certa relação com a história da utilização destes símbolos pelos cristãos protestantes. Nomeadamente como uma marca de identificação e de identidade, mas jamais como um ícone litúrgico; o que constituiria numa clara violação dos mandamentos Deus para o culto (Êx 20.3-4). Também não devemos ter um foco excessivo nesta questão, porquanto a ênfase do cristianismo bíblico está na Palavra de Deus escrita, proclamada e praticada (2 Tm 3.16; Rm 10.17; Tg 1.22).  


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Nota: Este logótipo foi criado pelo designer gráfico Marcus Nati


Autor da reflexão crítica: Pr. Leonardo Cosme de Moraes