Salvos para Viver e Anunciar


Todos os salvos, alcançados pela maravilhosa graça de Deus, e que têm a plena consciência da misericórdia que sobre si foi exercida pelo Senhor, não podem ignorar a preciosidade da sua bondade.

Em toda a Bíblia, a salvação do homem é apresentada como uma dádiva divina, não meritória, e motivada pelo amor do Senhor, o Salvador.

Pedro, apropriando-se de uma linguagem doseada pelo hebraísmo, que lhe é familiar e característico, afirma que os crentes em Jesus, incluindo gentios (graças a Deus!), passaram a fazer parte do povo escolhido do Senhor, tornando-se a sua propriedade pessoal e exclusiva.

Neste ambiente de nova família, eles constituem o sacerdócio santo, cujo propósito é o de prestar culto a Deus, com o objetivo (ou ministério) específico de oferecer sacrifícios aceitáveis e agradáveis a Deus Pai, diga-se, sacrifício vivo, por meio da obra redentora que o Senhor Jesus realizou na cruz do Calvário (1 Pedro 2:5). 

O conjunto dos salvos constitui o edifício (ou casa) espiritual, ainda em construção, rumo à sua conclusão, quando o Senhor Jesus retornar, para reunir de todas as extremidades da terra, por intermédio dos seus anjos, os seus eleitos (Mateus 24: 30,31 ; Marcos 13: 26,27). 

Enquanto a casa estiver a ser edificada, e o sacerdócio santo estiver a executar o seu ministério cultual, aqueles que fazem parte desse povo santificado estão impelidos a serem testemunhas vivas do poder regenerador e transformador de Deus, que os chamou das trevas para a (sua) maravilhosa luz.

O mecanismo principal a ser usado para a concretização da sua missão testemunhal é a evangelização, que deve ser diferenciado do puro e gratuito proselitismo. Esta missão consiste na proclamação (ou anúncio) das virtudes, isto é, da excelência moral, daquele que, com poder sobrenatural e suavidade verbal, os chamou das trevas, da ignorância e da letargia espiritual para a luz, ou seja, para o novo ambiente de vida, onde a verdade impera, dissipando a mentira e a falsidade, trazendo liberdade aos, então, cativos.

Se por um lado, o cumprimento dessa missão deve resultar de um senso de dever para com todos aqueles que     não eram povo, mas que agora o são, que não tinham alcançado misericórdia, mas agora alcançaram, por outro, esse compromisso (ou cumprimento) deve ser encarado como um privilégio, dado por Deus ao seu povo, de cooperar com o Soberano, na implementação do seu reino na terra. Nada é mais enobrecedor do que isso.

Desta modo, fazer missões é desempenhar o papel dado por Deus a todos os que constituem o sacerdócio real, ou melhor dizendo, do reino (visto que serve ao Rei), e que formam a nova nação dos que foram separados, a fim de serem porta-vozes do amor, da bondade e da graça do seu Senhor, diante de um mundo carente do amor, da bondade e da graça.

Que cada um de nós se sinta envolvido neste projeto de grande envergadura e com consequências eternas. Soli Deo Gloria! 

Pr. Samuel Quimputo
Boletim 166
25out2015