A Pessoa e a Obra do Espírito Santo

 


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A personalidade do Espírito Santo. A primeira prova da personalidade do Espírito Santo é o uso do pronome pessoal masculino singular (ele) para representá-lo, sendo espírito (pneuma, no grego) uma palavra neutra (Jo 16.13,14).


Nas Escrituras, todos os elementos da personalidade são atribuídos ao Espírito Santo. Ele possui características pessoais como inteligência, vontade e emoções (Jo 14.26; 1Co 12.11; Ef 4.30). Ele tem mente (inteligência): “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará” (Jo 14.26). Ele tem vontade: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Co 12.11); e tem sentimento: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção” (Ef 4.30). 


Há também uma série de outras passagens que associam a obra do Espírito Santo a obra de um agente pessoal, uma pessoa: 

(a) O uso do termo paraklétos (consolador, ajudador), mostra que o Espírito opera no mesmo nível que o Senhor Jesus (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7; 16.14 e 17.4). O termo  paraklétos (consolador) é usado para falar de uma pessoa que ajuda ou dá consolo ou conselho a outra pessoa ou pessoas, mas se refere ao Espírito Santo no evangelho de João (14.16,26; 15.26; 16.7). 

(b) Como o Pai e o Filho são ambos pessoas, a expressão coordenada indica fortemente que o Espírito Santo também é uma pessoa (Cf.: Mt. 3.17; 28.19; 2Co 13.13; Mt 28.19; 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2).

(d) Ele pode ser “afetado” por atitudes e reage a certos actos praticados pelo homem, por exemplo: (a) Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19,21). (b) Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3). (c) Estevão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At 7.51). (d) O apóstolo Paulo recomenda-nos a não entristecer o Espírito Santo (Ef. 4.30). (e) Os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31). (f) Os cristãos são batizados em seu nome (Mt 28.19).


Outras atividades pessoais são atribuídas ao Espírito Santo, como ensinar (]o 14.26), dar testemunho (Jo 15.26; Rm 8.16), interceder ou orar em nome de outros (Rm 8.26-27), sondar as profundezas de Deus (I Co 2.10), conhecer os pensamentos de Deus (I Co 2.11), decidir conceder certos dons para alguns, e outros para outros (ICo 12.11), proibir ou não permitir determinadas atividades (At 16.6-7), falar (At 8.29; 13.2), avaliar e aprovar um proceder sábio (At 15.28) e entristecer -se diante do pecado dos cristãos (Ef 4.30).


Por último, e não menos importante, o Espírito é claramente distinto do poder ou da força de Deus em ação no mundo (cf.: Lc 1.35; 4.14; At 1.8; 2.4; 10.38; Rm 15.13; ICo 2.4; 12.4, 8,11). Se o Espírito Santo é interpretado meramente como o poder de Deus, e não como pessoa distinta, então várias passagens bíblicas simplesmente não fariam sentido, pois nelas se mencionam tanto o Espírito Santo quanto o seu poder, ou o poder de Deus. Por exemplo, Lucas 4.14 ("Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia") significaria então 'Jesus, no poder do poder, regressou para a Galiléia". E Atos 10.38 ("Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder") significaria "Deus ungiu a Jesus com o poder de Deus e com poder" (ver também Rm  15.13; ICo 2.4).


A divindade do Espírito Santo. A divindade do Espírito Santo é afirmada em Hebreus 3.7: “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, 8 Não endureçais os vossos corações, Como na provocação, no dia da tentação no deserto. 9 Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras”. O Espírito Santo diz que foi tentado pelo povo de Israel e por isso não permitiu que o povo entrasse na terra. O texto de Êxodo 17 diz que foi Yahweh quem foi tentado. Assim, o Espírito Santo é Yahweh (‘SENHOR’ ou Javé). 


Embora tantas passagens distingam claramente o Espírito Santo das outras Pessoas da Santíssima Trindade, 2Coríntios 3.17 se revela um versículo desconcertante: "Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade". A gramática e o contexto nos fornecem bons argumentos para dizer que esse versículo tem melhor tradução com o Espírito Santo como sujeito: "Ora, o Espírito é o Senhor…». Neste caso, portanto, Paulo estaria a dizer que o Espírito Santo é também 'Yahweh (‘SENHOR’ ou Javé), o SENHOR revelado no Velho Testamento (repare o claro pano de fundo do Velho Testamento que se revela nesse contexto, a partir de 2 Coríntios 3.7). Teologicamente, isto seria bastante aceitável, pois sem dúvida se pode dizer que assim como Deus Pai é "Senhor" e Deus Filho é "Senhor" (no pleno sentido de "Senhor" no Velho Testamento como nome de Deus), também o Espírito Santo é chamado "Senhor" no Velho Testamento - e é o Espírito Santo que manifesta-nos especialmente a presença do Senhor na era da Nova Aliança.


O apóstolo Paulo também ensinou que o Espírito é Yahweh (SENHOR) ao substituir o nome do Espírito Santo pelo de Yahweh, ao citar Isaías 6.8-10, no sermão que pregou aos judeus em Roma (At 28.25-27; Jo 12.37-41).


Ao Espírito Santo são atribuídos os nomes divinos: Santo (At 1.8), verdade (Jo 15.26), Deus (Rm 8.14). O Espírito Santo tem os atributos divinos: omnisciente (SI 139.7-10, ICo 2.10-12), omnipotente (Lc 1.35, 37; 11.20), fonte de verdade (Jo 14.26, 16.13), aquele que liberta o pecador do pecado e da morte (Rm 8.2), eternidade (Hb 9.14). Ao Espírito Santo são atribuídas as obras de Deus: criação (Sl 104.30), fonte da Palavra de Deus (At 28.25; 2Pe 1.21; 2.21), regenera pecadores (Jo 3.5-8; Tt 3.5), santifica crentes (2Te 2.13; IPe 1.2), faz milagres (Mt 12.28). O Espírito Santo é digno de louvor. ‘Vós sois o templo de Deus... o Espírito de Deus habita em vós’ [ICo 3.16] – aquele que habita no templo é objeto de adoração nele”. Também somos batizados no nome do Espírito (Mt 28.19)." 


Além disso, existem algumas bases pela quais podemos concluir que o Espírito Santo é Deus como o Pai e o Filho: (a) Entre elas, as várias referências ao Espírito Santo que são intercambiáveis com referências a Deus (At 5.3,4; 1Co 3.16; 6.19) e (d) a associação de igualdade com o Pai e o Filho (Cf.: Mt 28.19; 1Co 12.4-6; 2Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2).


Finalmente, o Espírito Santo é uma pessoa distinta da pessoa Pai e da pessoa do Filho. O Espírito Santo procede do Pai (Jo 15.26) e, portanto, não pode ser o Pai. Imediatamente depois do baptismo de Jesus, o Espírito Santo desceu na forma de uma pomba, enquanto o Pai falou dos céus. Nesse momento os três foram revelados juntos, cada qual distinto do outro. Então, nenhum deles pode ser identificado como sendo um dos outros (Mt 3.17).


A obra do Espírito Santo 

Com sua partida em vista, Jesus encoraja os discípulos sobre o futuro ministério do Espírito Santo (Jo 16.7-15). Jesus diz que os seus discípulos ainda não estavam preparados para ouvir tudo em detalhes (Jo 16.12). Então o Senhor consolou seus discípulos com a certeza de que Sua ida para a glória seria vantajosa para eles uma vez que Ele enviaria o Espírito Santo, o outro Consolador (14.16-17): Ele os capacitaria, encorajaria, ensinaria e tornaria Cristo mais real para eles. 


Jesus havia afirmado anteriormente que o Pai enviaria o Espírito (14.25-26), mas Cristo também diz que Ele mesmo envia o Espírito (15.26). Exatamente como afirma o cristianismo bíblico e histórico:  "Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho; que, com o Pai e o Filho, conjuntamente, é adorado e glorificado; que falou por meio dos profetas” (Credo Niceno, um conteúdo resumido da fé dos cristãos elaborado no Concílio de Constantinopla em 381).


Jesus deixa claro que, antes de o Espírito Santo descer, ele próprio precisa subir (Jo 16.7). O Pentecostes somente pode acontecer depois da Sexta-feira da Paixão, depois da “Páscoa”. Apenas a ida de Jesus para a cruz e para o trono do Pai torna possível que ele envie o Espírito Santo, o Consolador, aos discípulos. O Espírito não viria com o poder e a plenitude da nova aliança até que Jesus voltasse ao céu e fosse glorificado à mão direita de Deus (16.7; 7.39; At 2.32-33).


A obra do Espírito Santo nos crentes (16.7, 12–15). É o Espírito Santo que aplica os méritos redentores de Cristo ao coração dos crentes (Rm 8; Gl 4.4–6). Porém, o Espírito não pode aplicar esses méritos quando não há méritos para aplicar. Portanto, a menos que Jesus parta, o Espírito não pode vir. Além de disso, deve-se ter em mente que a bênção do Espírito Santo é a recompensa do trabalho de Cristo (At 2.33, Jo 16.14).


O Espírito Santo habitará os seguidores de Jesus para sempre. O Espírito é dado a todos os crentes em vez de ser algo seletivo (Jo 7.37–39; At 11.16–17; Rm 5.5; 1Co 2.12; 2Co 5.5). O Espírito veio para a Igreja, não para o mundo. O Espírito Santo trabalha por intermédio das pessoas nas quais ele habita (Jo 14.17). Quando o Espírito veio em Pentecostes, deu poder a Pedro para pregar, e foi a pregação da Palavra que convenceu os ouvintes dos seus pecados (At 2).


“Ele habita convosco e estará em vós” (Jo 14.17, 1Co 3.16), não significa que não havia obra do Espírito de Deus dentro dos crentes antes desse tempo, mas sim que o Espírito Santo “estará nos crentes” num sentido novo e mais poderoso após o Pentecostes. Portanto, o facto de ainda não ter sido dado o Espírito (como lemos em João 7.39) não significa que o Espírito de Deus não operava dentro dos crentes antes da vinda de Cristo (veja por exemplo, Nm 27.18; Ez 2.2; Mq 3.8; cf. Lc 1.15, 41, 67). 


Nenhum homem jamais foi salvo do poder do pecado e transformado sem que houvesse a operação regeneradora do Espírito Santo. Abraão, Isaque, Samuel, Davi e os profetas foram o que a Bíblia nos conta somente por causa da obra do Espírito Santo neles. Por outro lado, não podemos esquecer que, após a ascensão de Cristo, o Espírito Santo foi derramado com maior poder sobre as pessoas e houve mais ampla influência sobre as nações do que em épocas anteriores.


O dia de Pentecostes foi aquele momento da história da redenção quando Deus liberou o poder do Espírito Santo e o deu para sua igreja, não somente para aqueles que estavam reunidos lá, mas para a igreja de todas as épocas e para cada cristão através dos tempos (Sproul, 2017). Contudo, antes da descida do Espírito Santo no Pentecostes, o Espírito não havia sido dado no sentido pleno e poderoso que foi prometido para a era da nova aliança (como lemos, por exemplo, em Ez 36.26-27: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis”. Ou como profetizou Joel, no capítulo 2.28: “E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne …”


Vale a pena ressaltar que a promessa da presença divina nos seguidores de Jesus, em João 14.15–24, inclui o Espírito (14.15–17), Jesus (14.18–21) e o Pai (14.22–24).


O Espírito revela a pessoa e a obra de Jesus (16.14-15).  O Espírito Santo não vem para glorificar a si mesmo, mas para glorificar Jesus. O propósito do ministério do Espírito Santo é exaltar Jesus, anunciá-lo e torná-lo conhecido. Por outras palavras, nada nos é outorgado pelo Espírito à parte de Cristo. O Espírito Santo constantemente chama a nossa atenção para Jesus – aplicando a obra consumada de Jesus em nossas vidas. 


O plano de redenção centra-se em Cristo, este é o tópico sobre o qual o Espírito concentrará Seu ensino (15.26, 16.14). O próprio Espírito Santo é uma dádiva que recebemos do Pai mediante fé na pessoa e na obra de Jesus Cristo na cruz (Rm 8.9; Gl 3.2). Jesus disse: "Ele há de receber do que é meu” (Jo 16.14). Isto significa que o Espírito Santo receberá as grandes verdades concernentes a Cristo. São essas as coisas que ele revela aos cristãos. Deste modo, podemos pôr à prova todo ensino e toda pregação. Se tiver o efeito de magnificar o Salvador, então é do Espírito Santo. 


O Espírito Santo exerce o ministério de ensino (16.13). O Espírito continua o ministério de Jesus em todo o mundo na era da nova aliança. A obra que o Senhor começou seria continuada pelo Espírito da verdade. Jesus ensinou que o ‘outro Consolador’ (14.16), o Espírito Santo (14.26), o Espírito da verdade, guiará os discípulos em toda a verdade (16.13). Há um sentido no qual toda a verdade foi confiada aos apóstolos durante sua vida, e encontra cumprimento particular no trabalho subsequente dos apóstolos ao escreverem pessoalmente ou supervisionarem a escrita dos livros do NT (16.13; 14.26). Isso, adicionado ao Velho Testamento, completou a revelação escrita de Deus ao ser humano. Mas é naturalmente verdade, em todas as épocas, que o Espírito guia o povo de Deus em toda a verdade. Ele o faz através das Escrituras. O Espírito Santo é o Espírito da verdade, Jesus é a verdade (14.6), e a Palavra de Deus é a verdade (17.17). Portanto, tudo o que Espírito Santo ensina está coerentemente alinhado com a pessoa e obra de Cristo e com as Sagradas Escrituras.


O Espírito Santo deu aos apóstolos a plena revelação da vontade de Deus para Sua igreja (toda verdade), que agora está registada no Novo Testamento (14.26; 1 Co 2.9-13; Ef 3.3, 5, 8), e continua a ajudar a igreja a compreender e aplicar as Escrituras (Efésios 1.17). Portanto, esta promessa de Cristo também tem uma aplicação mais ampla a todos os crentes à medida que o Espírito Santo os conduz e os guia (veja Rm 8.14; Gl 5.18). Como diz a Escritura: “Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus” (Rm 8.14).


A obra do Espírito Santo no mundo (Jo 16.8–11). O Espírito revela aos homens três verdades fundamentais: 

1) O Espírito convence o mundo do pecado, que os condenará se não crerem em Cristo (3.36; 5.45-46). Jesus disse: “E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado […] porque não creem em mim.” (16.8,9). O Espírito convence o mundo do pecado de falhar em crer em Cristo (Jo 15.22-24). Além disso, a obra de convencimento do Espírito graciosamente ajuda o mundo a reconhecer que eles são pecadores e precisam de um Salvador. 


Calvino observa que “há duas formas nas quais o Espírito convence os homens pela proclamação do evangelho. Alguns são movidos de bom grado, ao ponto de curvarem-se voluntariamente e assentir espontaneamente com o juízo pelo qual são condenados. Outros, ainda que se convençam de culpa e não possam escapar, contudo não cedem sinceramente, nem se submetem à autoridade e jurisdição do Espírito Santo, porém, ao contrário, vendo-se sujeitados, gemem intimamente e se sentem esmagados com confusão, contudo não cessam de acalentar obstinação no recôndito de seus corações”.


2) O Espírito também […] convencerá o mundo […] da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais (16.8,10). Por sua ressurreição e ascensão, Jesus provou ser um homem justo, e tudo quanto afirmou de si, com relação à divindade, foi dado como justo e verdadeiro. Por sua glorificação por meio de seu retorno ao Pai, Jesus é justificado em suas reivindicações durante o seu ministério, apesar da rejeição de seus oponentes - que rejeitaram o único que poderia salvá-los.


Em seguimento à convicção do pecado, este é o segundo passo, isto é: que o Espírito convenceria o mundo sobre qual é a verdadeira justiça. O Espírito “mostra aos homens que sua justiça diante de Deus não depende de seus próprios esforços, mas da obra de Cristo por eles” (Leon Morris). 


3) O Espírito Santo […] convencerá o mundo […] do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado (16.8,11). O julgamento de Deus sobre este mundo ímpio já começou na vitória de Cristo sobre Satanás (16.7-11). A vitória de Cristo sobre Satanás antecipa o juízo vindouro de Jesus de todos os pecadores (o mundo). Satanás e aqueles sobre quem ele governa serão finalmente condenados pela justiça divina. Este veredicto já foi proferido (João 12.31: o príncipe deste mundo é julgado; Lc 10.18; Ap 12.7-11).


A morte, a ressurreição e a ascensão de Cristo são o julgamento legal e a derrota definitiva do diabo. Jesus triunfou sobre ele na cruz. Despojou-o, venceu-o e esmagou sua cabeça. Na cruz de Cristo, o diabo foi derrotado para sempre. Sua condenação foi decidida, e sua sentença foi declarada.


O Espírito manifesta ao mundo que Jesus Cristo subverteu a autoridade de Satanás. Cada vez que Cristo é proclamado na pregação, sob o poder do Espírito Santo, Satanás sofre mais uma perda, e cada alma salva é nova prova de que o diabo está “julgado”. O primeiro e grande cumprimento dessa promessa ocorreu no dia de Pentecostes, quando Pedro, cheio do Espírito Santo, apresentou essas provas, e cerca de três mil pessoas foram convencidas de seus pecados, convertidas a Cristo e salvas.


Enfim, a obra do Espírito Santo é tão importante como a obra de Cristo. É por isso que antes de enviar a igreja ao mundo, Jesus enviou o Espírito Santo à igreja. É o Espírito Santo quem capacita o povo de Deus para o cumprimento da grande comissão (At 1.8). 

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Referências: Beeke, J. R., Barrett, M. P. V. and Bilkes, G. M., ed. The Reformation Heritage KJV Study Bible. Grand Rapids, MI: Reformation Heritage Books, 2014, p. 1541. / Berkhof, L. Teologia Sistemática, 4a edição. SP: Cultura Cristã, 2012, p. 391–392. / Boor, W. Comentário Esperança, Evangelho de João. Curitiba: Esperança, 2002, p. 365–370. / Carson, D. A., ed. NIV Biblical Theology Study Bible. Grand Rapids, MI: Zondervan, 2018, p. 1927. / Calvino, J. Evangelho Segundo João, vl. 2 - Série Comentários Bíblicos. São José dos Campos, SP: FIEL, 2015, p. 150–161. / Crossway Bibles, The ESV Study Bible. Wheaton, IL: Crossway Bibles, 2008, p. 2038, 2053. / Grudem, W. Systematic Theology: An Introduction to Biblical Doctrine. Second Edition. Grand Rapids, MI: Zondervan Academic, 2020, p. 778–800. / Hendriksen, W. João: Comentário do Novo Testamento. SP: Cultura Cristã, 2014, p. 637–641. / Lopes, H. D. João: As Glórias do Filho de Deus - Comentários Expositivos Hagnos. SP: Hagnos, 2015, p. 405–409. / MacDonald, W. Comentário Bíblico Popular: Novo Testamento. SP: Mundo Cristão, 2011, p. 310–311. / Packer, J. I. Teologia Concisa: Um Guia de Estudo das Doutrinas Cristãs Históricas. 3a ed. SP: Cultura Cristã, 2014, p. 129–130. / Ryle, J. C. Meditações no Evangelho de João. São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2018, p. 317–319. / Ryrie, C. C Teologia Básica: Um Guia Sistemático Popular para Entender a Verdade Bíblica. SP: Mundo Cristão, 2012, p. 201. / Sproul, R. C., ed. The Reformation Study Bible: ESV. Orlando, FL: Reformation Trust, 2015, p. 1889.


Pastor Leonardo Cosme de Moraes