A BONDADE DE DEUS

A Doutrina da Bondade de Deus aponta-nos para o carácter e para o “comportamento” divinos, cujo elemento essencial é a perfeição.
Por ser Deus recto, essencialmente puro e sem arbitrariedades nem ambiguidades, a Sua bondade pode ser definida como “aquela perfeição que O induz a tratar generosamente e de uma maneira benevolente todas as Suas criaturas” (Salmo 145:9; Romanos 11:22).
A bondade de Deus está intimamente ligada ao Seu amor. Se, por um lado, o Seu amor é aquele atributo pelo qual Ele é eternamente movido a comunicar-se com as Suas criaturas morais, a Sua bondade, por outro, é a expressão perfeita desse amor.
Diferentemente das criaturas decaídas, não existe em Deus qualquer mal. Nada pode manchar o Seu carácter nem contaminar as Suas motivações. As trevas são contrárias ao Seu carácter (Tiago 1:17). Nele tudo é puro e perfeito.
Quando as Escrituras mencionam a bondade de Deus, elas se referem não somente à sua abrangência, mas também à sua consistência; isto é, Deus é total e consistentemente Bom. Este facto leva-nos à conclusão de que Ele “não pode ser outra coisa senão ser bom”.
A perfeição da Sua Lei reflecte a Sua bondade. Ele não obedece a uma Lei cósmica fora de Si mesmo. Ele obedece uma Lei que é a Lei do Seu próprio carácter. A Sua Lei é eterna, imutável e intrinsecamente boa (Tiago 1:17).
A Verdade acerca da Bondade de Deus leva-nos, forçosamente, a um dos versículos mais conhecidos e citados das Escrituras, que é Romanos 8: 28. Este versículo revela a profundidade da providência divina. Ele prova o absoluto controlo que Deus exerce sobre a Sua criação, especialmente em Seu cuidado pelo bem-estar dos Seus redimidos.
Se Deus é intrinsecamente bom e capaz de fazer com que tudo funcione para o nosso bem, em última análise, tudo o que nos acontece, apesar da nossa compreensão parcial e limitada, deve ser considerado positivo e benéfico.
Significa que, no plano terrestre, as coisas podem, de facto, ser ruins (mesmo sem chamar o mal de bem nem o bem de mal), ainda assim, Deus em Sua bondade transcende todas essas coisas e age nelas e por meio delas para o nosso bem. Portanto, para o cristão, em última instância, não existem tragédias. “No final, a providência de Deus opera em todos esses males que estão próximos de nós, para o nosso benefício”.
Quando compreendemos a bondade de Deus, a nossa confiança nele cresce, visto que sendo Bom, Ele fará tudo para o nosso bem-estar espiritual.
Aquele que não poupou o Seu Filho Unigénito, por causa do Seu grande amor por nós, não permitirá que algo que seja prejudicial ao nosso crescimento espiritual invada o nosso ser. Devemos compreender (e aceitar) que até as coisas menos boas servem para cumprir o propósito divino em nós.
Ele é a perfeição de toda a noção do Bem. Ele é o Supremo Bem, por excelência! Ele é Bom e age com Bondade. Ele é fiel em Seu amor e no cumprimento das Sua promessas. Louvemos o Seu santo Nome. Amém!

Textos de apoio: Êxodo 34: 6,7; Salmo 25: 8 – 10; Salmo 100:1-5; Tiago 1:17

(bases: Verdades Essenciais da Fé Cristã de R.C. Sproul e Grandes Doutrinas Bíblicas de Dr. Martyn Lloyd-Jones, Teologia Sistemática de George Eldon Ladd e Teologia Sistemática de Wayne Gruden).