Depois de termos estudado acerca da Santidade de Deus, passamos, agora a reflectir sobre um outro atributo moral que, naturalmente, vem a seguir, que é a Justiça ou Rectidão de Deus.
Justiça é uma palavra que ouvimos com frequência. Ela é usada, basicamente, nos relacionamentos interpessoais: nas convenções sociais, em relação à legislação, nos veredictos pronunciados nos tribunais, etc.
Embora seja uma palavra comum e de uso quotidiano, ela é uma palavra que deixa muita gente perplexa quando tenta defini-la. Às vezes ela é conectada com aquilo que é conquistado ou merecido. Por exemplo, é comum falarmos de pessoas que receberam aquilo que mereciam, em termos de recompensa ou de punição. Contudo, as recompensas nem sempre são baseadas nos méritos.
Na tentativa de se encontrar um significado mais adequado ao conceito de justiça, Aristóteles definiu a justiça como “dar a uma pessoa aquilo que lhe é devido”. E, como sabemos, o que é ‘devido’ pode ser determinado por obrigações éticas ou por acordo preestabelecido. Por exemplo, se uma pessoa recebe uma punição mais severa do que o seu crime merece, tal punição é injusta. De igual modo, se alguém recebe uma recompensa inferior à que merece, a recompensa é injusta.
Assim sendo, a Justiça de Deus deve ser entendida como a manifestação da Sua santidade para connosco; isto é, aquela qualidade existente em Deus, que O leva a fazer sempre o que é certo (ou recto). De uma forma negativa, podemos definir a justiça divina como uma qualidade (ou um atributo) que torna Deus incapaz de fazer algo que seja errado. A justeza do Seu ser e dos Seus actos é inerente à Sua natureza santa e justa.
A Rectidão e a Justiça de Deus são, por assim dizer, “a Sua santidade em acção e a expressão dessa mesma santidade no governo do mundo e de todas as Suas criaturas.
A Rectidão de Deus é a demonstração da Sua Santidade legislativa, isto é, da sua santidade judicial (ou legal).
Se a Rectidão de Deus expressa o Seu amor pela Sua santidade, então, a Sua justiça é a Sua abominação pelo pecado (João 3:36; Efésios 2:3). Pelo facto de ser Santo, Deus rejeita (e de distancia de) tudo o que é contrário à Sua natureza.
Diante desta realidade, surgem algumas questões fundamentais:
1ª Qual é, então, a relação entre a justiça de Deus e a Sua misericórdia?
2ª Como é que a graça e a misericórdia de Deus se enquadram na Sua infalível justiça?
Como a Bíblia ensina, a graça e a misericórdia de Deus são sempre voluntárias. Quer dizer, Deus exerce-as sem que do lado dos beneficiários (humanos) haja qualquer espécie de mérito ou de causas que exijam uma recompensa. Tanto a graça, assim como a misericórdia de Deus são fruto do Seu beneplácito (ou livre vontade) (Romanos 9:15).
Esta verdade leva-nos à conclusão de que, diante do Deus Justo nada é meritório da nossa parte. Ele é justamente soberano para agir com cada uma das Suas criaturas como lhe apraz. Quando Deus perdoa uma pessoa e não outra, Ele não é obrigado a fazê-lo.
A Misericórdia e a Graça de Deus são formas de “não justiça”, mas não são actos de injustiça. Tanto a graça, assim como a misericórdia de Deus não são exigidas. Elas devem ser suplicadas, visto que só serão exercidas pela livre e soberana vontade do Deus justo (Génesis 18:25; Ezequiel 18:4; Romanos 9:14).
É importante salientar que a Justiça de Deus não se manifesta somente na Sua ira. Ele revela as mesmas qualidades quando aplica o perdão pelos nossos pecados (Romanos 3: 25; I João 1:9).
A rectidão e a justiça de Deus manifestam-se na manutenção e preservação da Sua Palavra ou seja e no exercício da Sua fidelidade.
Embora o exercício da justiça divina não seja fruto do mérito humano, Deus, por causa da Sua graça, recompensa os justos (2 Timóteo 4:8). Isto é, pelo facto de ser um Justo Juiz, Ele, através dos méritos do Seu Cristo, terá em conta a obediência daqueles que por Si foram chamados. A fidelidade e o serviço cristãos serão recompensados.
Como crentes no Senhor Jesus, devemos descansar da justiça de Deus, confiando nas fiéis promessas do Seu amor e perdão.
Textos de apoio: Génesis 18:25; Êxodo 34: 6,7; Neemias 9: 32,33; Salmo 145:7; Romanos 9: 14-33
(bases: Verdades Essenciais da Fé Cristã de R.C. Sproul e Grandes Doutrinas Bíblicas de Dr. Martyn Lloyd-Jones, Teologia Sistemática de George Eldon Ladd e Teologia Sistemática de Wayne Gruden).
Justiça é uma palavra que ouvimos com frequência. Ela é usada, basicamente, nos relacionamentos interpessoais: nas convenções sociais, em relação à legislação, nos veredictos pronunciados nos tribunais, etc.
Embora seja uma palavra comum e de uso quotidiano, ela é uma palavra que deixa muita gente perplexa quando tenta defini-la. Às vezes ela é conectada com aquilo que é conquistado ou merecido. Por exemplo, é comum falarmos de pessoas que receberam aquilo que mereciam, em termos de recompensa ou de punição. Contudo, as recompensas nem sempre são baseadas nos méritos.
Na tentativa de se encontrar um significado mais adequado ao conceito de justiça, Aristóteles definiu a justiça como “dar a uma pessoa aquilo que lhe é devido”. E, como sabemos, o que é ‘devido’ pode ser determinado por obrigações éticas ou por acordo preestabelecido. Por exemplo, se uma pessoa recebe uma punição mais severa do que o seu crime merece, tal punição é injusta. De igual modo, se alguém recebe uma recompensa inferior à que merece, a recompensa é injusta.
Assim sendo, a Justiça de Deus deve ser entendida como a manifestação da Sua santidade para connosco; isto é, aquela qualidade existente em Deus, que O leva a fazer sempre o que é certo (ou recto). De uma forma negativa, podemos definir a justiça divina como uma qualidade (ou um atributo) que torna Deus incapaz de fazer algo que seja errado. A justeza do Seu ser e dos Seus actos é inerente à Sua natureza santa e justa.
A Rectidão e a Justiça de Deus são, por assim dizer, “a Sua santidade em acção e a expressão dessa mesma santidade no governo do mundo e de todas as Suas criaturas.
A Rectidão de Deus é a demonstração da Sua Santidade legislativa, isto é, da sua santidade judicial (ou legal).
Se a Rectidão de Deus expressa o Seu amor pela Sua santidade, então, a Sua justiça é a Sua abominação pelo pecado (João 3:36; Efésios 2:3). Pelo facto de ser Santo, Deus rejeita (e de distancia de) tudo o que é contrário à Sua natureza.
Diante desta realidade, surgem algumas questões fundamentais:
1ª Qual é, então, a relação entre a justiça de Deus e a Sua misericórdia?
2ª Como é que a graça e a misericórdia de Deus se enquadram na Sua infalível justiça?
Como a Bíblia ensina, a graça e a misericórdia de Deus são sempre voluntárias. Quer dizer, Deus exerce-as sem que do lado dos beneficiários (humanos) haja qualquer espécie de mérito ou de causas que exijam uma recompensa. Tanto a graça, assim como a misericórdia de Deus são fruto do Seu beneplácito (ou livre vontade) (Romanos 9:15).
Esta verdade leva-nos à conclusão de que, diante do Deus Justo nada é meritório da nossa parte. Ele é justamente soberano para agir com cada uma das Suas criaturas como lhe apraz. Quando Deus perdoa uma pessoa e não outra, Ele não é obrigado a fazê-lo.
A Misericórdia e a Graça de Deus são formas de “não justiça”, mas não são actos de injustiça. Tanto a graça, assim como a misericórdia de Deus não são exigidas. Elas devem ser suplicadas, visto que só serão exercidas pela livre e soberana vontade do Deus justo (Génesis 18:25; Ezequiel 18:4; Romanos 9:14).
É importante salientar que a Justiça de Deus não se manifesta somente na Sua ira. Ele revela as mesmas qualidades quando aplica o perdão pelos nossos pecados (Romanos 3: 25; I João 1:9).
A rectidão e a justiça de Deus manifestam-se na manutenção e preservação da Sua Palavra ou seja e no exercício da Sua fidelidade.
Embora o exercício da justiça divina não seja fruto do mérito humano, Deus, por causa da Sua graça, recompensa os justos (2 Timóteo 4:8). Isto é, pelo facto de ser um Justo Juiz, Ele, através dos méritos do Seu Cristo, terá em conta a obediência daqueles que por Si foram chamados. A fidelidade e o serviço cristãos serão recompensados.
Como crentes no Senhor Jesus, devemos descansar da justiça de Deus, confiando nas fiéis promessas do Seu amor e perdão.
Textos de apoio: Génesis 18:25; Êxodo 34: 6,7; Neemias 9: 32,33; Salmo 145:7; Romanos 9: 14-33
(bases: Verdades Essenciais da Fé Cristã de R.C. Sproul e Grandes Doutrinas Bíblicas de Dr. Martyn Lloyd-Jones, Teologia Sistemática de George Eldon Ladd e Teologia Sistemática de Wayne Gruden).