“Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um, em nós, para que o mundo creia que me enviaste” (João 17: 21)
Falar da Unidade da Igreja Cristã é navegar num mundo fascinante, mas que exige um profundo grau de discernimento e de equilíbrio analítico, sem os quais é difícil chegar-se a um adequado entendimento desta importante doutrina.
Por ser, a igreja, uma instituição de carácter social, ela é frequentemente discutida e avaliada por meio de padrões, basicamente, sociológicos, facto este que constitui um erro crasso, visto que a natureza sobrenatural da sua essência exige uma avaliação singular e fundamentalmente bíblica.
Geralmente, a Igreja Cristã é avaliada, com um certo grau de crítica (e censura), por causa da sua marcante divisão, reflectida nas várias denominações e tendências, algumas delas antagónicas, manifestando diferentes pontos de vista.
É verdade que as divisões que se evidenciam entre aqueles que se dizem seguidores de Cristo, enfraquecem o seu testemunho diante do mundo incrédulo. Qualquer bom observador, dentro e fora da Igreja, concluirá que a Unidade de todos os crentes deve ser desejada e procurada, e que, de certo modo, esta unidade deveria constituir uma das evidências mais eloquentes do seu testemunho. Paulo ensinou que a Unidade entre os crentes devia ser um objectivo a ser alcançado e mantido. Contudo, esta Unidade devia basear-se na fé e produzida pela acção do Espírito Santo (Efésios 4:3, 13). O Senhor Jesus afirmou que a Unidade dos Seus seguidores provaria que Ele tinha sido enviado pelo Pai (João 17: 21).
Porém, como acontece com todos os assuntos de elevado grau de importância espiritual, a doutrina da Unidade da Igreja deve ser analisada em seu devido contexto. A oração do Senhor, em João 17, é um bom ponto de partida.
Em primeiro lugar, é bom enfatizar que a marca da espiritualidade cristã não é a unidade, mas sim o amor superlativo para com Deus, seguido do amor relativo aos irmãos. É o amor que constitui a marca essencial da Igreja do Senhor Jesus (João 13:34) É o amor irmanado dos crentes que revela a natureza da verdadeira espiritualidade cristã (João 13:35). Este amor de carácter divino encontra a sua fonte no próprio Senhor Jesus, que é também o padrão, por Excelência, deste amor sem par (João: 13:1; 15:12; 1 João 4:19).
A evidência de que alguém possui tal amor divino dentro de si é o modo amoroso como procura obedecer à Palavra (isto é, aos mandamentos) do seu Senhor e Mestre (João 14:15, 21, 23, 24; 15:10; 1 João 5:1-3). Quem ama obedece. O agradável prazer em receber e praticar o que o Senhor ordena, revela a presença do amor residente no coração do crente (2 João 5. 6).
Ao orar pela Unidade da Sua Igreja, o Senhor não o fez antes de mencionar que o alvo da Sua oração eram aqueles tinham recebido e guardado a Sua Palavra, aqueles que tinham crido no Seu ensino (João 17: 6). O contexto prova que a Unidade é (e deve ser sempre) o resultado da fé em Cristo, pela aceitação da Sua Palavra (João 17: 21). “Para que” ou “a fim de que” aponta para o efeito, o resultado, e não a causa. A unidade seria o efeito da fé na Sua Palavra.
Concluímos, portanto, que não há (nem pode haver) uma verdadeira Unidade Cristã fora da Palavra de Cristo. E qualquer tentativa de fomentar tal Unidade, sem se importar com a convergência dos crentes nas doutrinas da graça salvadora de Deus, será como construir sobre a areia. A Igreja deve ser, em primeiro lugar, guardada pela Palavra “para que” a verdadeira Unidade exista. E a verdadeira unidade é implantada pelo Espírito Santo, formando o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:13). Os crentes são exortados a guardá-la pelo vínculo da paz (Efésios 4: 3), como alvo e resultado da sua fé na Palavra.
Lutemos pela verdadeira Unidade da Igreja do Senhor Jesus, sustentada pela fé no evangelho, cuja “mola” impulsionadora é o amor que obedece, e que encontra o seu exemplo máximo na unidade do Pai com o Seu Filho. Soli Deo Gloria.
Falar da Unidade da Igreja Cristã é navegar num mundo fascinante, mas que exige um profundo grau de discernimento e de equilíbrio analítico, sem os quais é difícil chegar-se a um adequado entendimento desta importante doutrina.
Por ser, a igreja, uma instituição de carácter social, ela é frequentemente discutida e avaliada por meio de padrões, basicamente, sociológicos, facto este que constitui um erro crasso, visto que a natureza sobrenatural da sua essência exige uma avaliação singular e fundamentalmente bíblica.
Geralmente, a Igreja Cristã é avaliada, com um certo grau de crítica (e censura), por causa da sua marcante divisão, reflectida nas várias denominações e tendências, algumas delas antagónicas, manifestando diferentes pontos de vista.
É verdade que as divisões que se evidenciam entre aqueles que se dizem seguidores de Cristo, enfraquecem o seu testemunho diante do mundo incrédulo. Qualquer bom observador, dentro e fora da Igreja, concluirá que a Unidade de todos os crentes deve ser desejada e procurada, e que, de certo modo, esta unidade deveria constituir uma das evidências mais eloquentes do seu testemunho. Paulo ensinou que a Unidade entre os crentes devia ser um objectivo a ser alcançado e mantido. Contudo, esta Unidade devia basear-se na fé e produzida pela acção do Espírito Santo (Efésios 4:3, 13). O Senhor Jesus afirmou que a Unidade dos Seus seguidores provaria que Ele tinha sido enviado pelo Pai (João 17: 21).
Porém, como acontece com todos os assuntos de elevado grau de importância espiritual, a doutrina da Unidade da Igreja deve ser analisada em seu devido contexto. A oração do Senhor, em João 17, é um bom ponto de partida.
Em primeiro lugar, é bom enfatizar que a marca da espiritualidade cristã não é a unidade, mas sim o amor superlativo para com Deus, seguido do amor relativo aos irmãos. É o amor que constitui a marca essencial da Igreja do Senhor Jesus (João 13:34) É o amor irmanado dos crentes que revela a natureza da verdadeira espiritualidade cristã (João 13:35). Este amor de carácter divino encontra a sua fonte no próprio Senhor Jesus, que é também o padrão, por Excelência, deste amor sem par (João: 13:1; 15:12; 1 João 4:19).
A evidência de que alguém possui tal amor divino dentro de si é o modo amoroso como procura obedecer à Palavra (isto é, aos mandamentos) do seu Senhor e Mestre (João 14:15, 21, 23, 24; 15:10; 1 João 5:1-3). Quem ama obedece. O agradável prazer em receber e praticar o que o Senhor ordena, revela a presença do amor residente no coração do crente (2 João 5. 6).
Ao orar pela Unidade da Sua Igreja, o Senhor não o fez antes de mencionar que o alvo da Sua oração eram aqueles tinham recebido e guardado a Sua Palavra, aqueles que tinham crido no Seu ensino (João 17: 6). O contexto prova que a Unidade é (e deve ser sempre) o resultado da fé em Cristo, pela aceitação da Sua Palavra (João 17: 21). “Para que” ou “a fim de que” aponta para o efeito, o resultado, e não a causa. A unidade seria o efeito da fé na Sua Palavra.
Concluímos, portanto, que não há (nem pode haver) uma verdadeira Unidade Cristã fora da Palavra de Cristo. E qualquer tentativa de fomentar tal Unidade, sem se importar com a convergência dos crentes nas doutrinas da graça salvadora de Deus, será como construir sobre a areia. A Igreja deve ser, em primeiro lugar, guardada pela Palavra “para que” a verdadeira Unidade exista. E a verdadeira unidade é implantada pelo Espírito Santo, formando o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:13). Os crentes são exortados a guardá-la pelo vínculo da paz (Efésios 4: 3), como alvo e resultado da sua fé na Palavra.
Lutemos pela verdadeira Unidade da Igreja do Senhor Jesus, sustentada pela fé no evangelho, cuja “mola” impulsionadora é o amor que obedece, e que encontra o seu exemplo máximo na unidade do Pai com o Seu Filho. Soli Deo Gloria.
Pr. Samuel Quimputo
Boletim de 25 de Novembro 2009