“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o
principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso
conselheiro, Deus forte, Pai da
eternidade, Príncipe da paz” (Isaías 9:6)
Um dos
sentimentos mais devastadores para a personalidade humana é a sensação de
intranquilidade interior, sensação essa que nos “rouba” o equilíbrio psíquico e
nos “suga” a beleza física. Essa intranquilidade faz com que a nossa visão da
realidade seja substancialmente reduzida, levando-nos a perder, gradualmente, a
alegria de viver e a motivação para continuarmos a desenvolver a imaginação e a
sonhar.
Contudo, a paz,
isto é, a tranquilidade interior, gera uma “atmosfera saudável” de
bem-estar, levando aqueles que a sentem
a expandir a sua capacidade de amar e de servir os outros, com alegria e com
abnegação. Isto só é possível porque a sensação de paz nos permite exercer a nossa cidadania (dever
cívico e moral), no pleno uso das nossas faculdades pessoais.
Embora tudo isso
seja verdade, no que diz respeito ao equilíbrio da personalidade humana,
sabemos pelo ensino da Palavra de Deus que a verdadeira paz só pode ser
experimentada quando (e só quando) o ser humano é reconciliado com Deus.
A Bíblia declara,
sem reservas, que todo o homem não reconciliado com Deus vive num estado de
inimizade com Ele (Romanos 5: 10; Colossenses 1:21). A paz com Deus só
pode ser experimentada por meio da fé na obra redentora realizada na cruz do
Calvário (Romanos 5: 1; Colossenses 1: 20).
O profeta Isaías
anunciou, com uma antecipação desconcertante, que o menino nascido seria, entre outras categorias, o
Príncipe da paz, aquele que serve de mediador entre o Deus Santo e o
pecador desesperado e perdido.
Mesmo sabendo que
a profecia tinha como primeiro e imediato foco o filho da profetiza, sinal de
garantia da proteção divina sobre Judá (Isaías 8: 3), ela se desdobra e
se cumpre plenamente em Cristo, visto que nenhuma criança nascida em Israel foi
identificada como “Deus poderoso” ou “Pai da eternidade”.
Embora o próprio
Senhor tenha afirmado que não viera para estabelecer paz, mas, sim, dissensões
entre os homens (Lucas 12: 51), o contexto das suas palavras mostra-nos
o facto de que tais dissensões resultam da própria natureza do conflito entre
os dois reinos (reinos espirituais), que entram em colisão sempre que um membro
da família seja introduzido no reino de paz e de amor, pelo poder do sangue de
Jesus.
Contudo, o Senhor
continua a ser o Príncipe da paz, visto que o seu sangue vertido na cruz, em
obediência ao Pai, estabelece a base sobre a qual a verdadeira paz é
implementada. Não é de estranhar, portanto, que no momento do anúncio do
seu nascimento, os anjos declarassem aos pastores que esse advento era a
proclamação da “paz na terra entre os homens” (Lucas 2: 14).
Louvemos, pois,
ao Senhor, nosso Deus, por nos ter conciliado consigo mesmo, na pessoa do Seu
amado Filho (2 Coríntios 5: 19, 20). Exaltemos todos o Príncipe da paz!
Celebremos o nascimento do grande Rei!
Soli Deo Gloria!
Boletim 145
01 dez 2013