Ressurreição de Jesus e suas primeiras aparições


LEITURAS BÍBLICAS NA SEMANA SANTA
(“Maçãs de ouro em salvas de prata”)

Domingo da Semana da Paixão: Domingo de Páscoa

João 20:1-31 – Ressurreição de Jesus e suas primeiras aparições

Muitas vezes, a morte é uma surpresa. Vem quando menos se espera, quando tudo parece normal, deixando muitas palavras por dizer, muitos planos por concluir, muitos sonhos por realizar, muitas esperanças por cumprir. Mas não foi esse o caso do Senhor Jesus. Por causa de nós, por amor de nós, tudo estava programado desde o princípio. Em João 10:17-18 Ele declarou: “Por isso o Pai me ama, porque dou a minha vida para retomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu a dou espontaneamente. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la. Essa ordem recebi do meu Pai”.

Por isso, nós lemos nos capítulos anteriores a este que Jesus deu a sua vida por nós voluntariamente, cumprindo assim a obra de redenção, e clamando do alto daquela cruz: “Está consumado”. Sem sucesso, a morte tentou tirar-lhe a vida muitas vezes ao longo do seu ministério. Mas Ele só morreria no momento preciso do plano de Deus. A sua morte não foi a morte de uma vítima, mas de um vencedor.

A demonstração final do poder de Cristo sobre a morte foi a sua ressurreição. Maria Madalena foi de madrugada ao sepulcro e viu que a pedra tinha sido removida. Correu a dizê-lo a Pedro e João e estes foram de volta, pressurosos, para confirmar o sepulcro aberto e vazio. Mas não só. O que viram comoveu-os e convenceu-os completamente da ressurreição do seu Mestre e Senhor: “os panos de linho deitados ali”, e “o lenço, que fora colocado sobre a cabeça de Jesus..., dobrado num lugar à parte”; como se o corpo do Senhor Jesus se tivesse evolado e, redivivo, os tivesse atravessado.

Dois anjos, “sentados onde o corpo de Jesus fora posto” confirmaram depois a sua ressurreição a Maria. E esta, ainda meio estonteada e incrédula, foi a seguir testemunha viva dessa maravilhosa realidade, quando o próprio Senhor Jesus lhe apareceu em pessoa. Por isso, correu a anunciá-lo aos demais discípulos e, esfusiante de alegria, lhes anunciou: “Vi o Senhor! Vi o Senhor!

“Ao cair da tarde” desse dia deslumbrante da ressurreição, foi Jesus ao encontro dos seus discípulos no Cenáculo e disse-lhes por mais do que uma vez: “Paz seja convosco!”. E foi acrescentando: “Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio” [...] “Recebei o Espírito Santo”. Só Tomé estava ausente, mostrando-se incrédulo. Mas, oito dias depois, também este O viu, recebendo do próprio Mestre a mesma mensagem e vendo confirmados os sinais da sua ressurreição. Perante tal evidência, nenhuma outra resposta podia então dar: “Senhor meu e Deus meu!” E Jesus lhe acrescentou: “Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”. 

Não é possível crer em Jesus Cristo sem crer que Ele ressuscitou fisicamente dos mortos. Como tão claramente diz Pedro no dia do Pentecostes: “Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós com milagres, prodígios e sinais [...] Ele, que foi entregue pelo desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o pelas mãos de ímpios, e Deus o ressuscitou, quebrando as algemas da morte, pois não era possível que fosse detido por ela” (Atos 2:22-24).
São eloquentes e desafiadoras as últimas palavras deste capítulo. Elas são como que a síntese do Evangelho todo. Crer que Jesus Cristo é o Deus que se fez carne por amor de nós, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a ressurreição e a vida; crer na verdade central deste Evangelho, é confessar Cristo como o nosso Salvador e Senhor e ter vida eterna em seu nome.

Pastor Manuel Alexandre Júnior