O texto de 2 João, dos versículos 7 ao 9,
é uma advertência solene: nós precisamos de Cristo – o Cristo real, o Cristo
verdadeiro. Um Cristo gerado de especulação vazia ou criado para enquadrar-se
no padrão dos filósofos não serve [1]. Um Cristo reciclado
pela habilidade de eruditos, um Cristo adaptado pelas conveniências humanas não
pode redimir ninguém. Se somos redimidos, o Cristo em que cremos, o Cristo em
que confiamos, tem de ser verdadeiro [2].
Todavia, sem a Bíblia, nada
podemos saber sobre o Jesus real. Em última análise, nossa fé está em pé ou cai
com o Jesus bíblico. Mas o que a Escritura diz sobre a identidade de Jesus?
Como Cristo é retratado nas páginas do texto sagrado? O que podemos saber sobre
sua pessoa e obra? Em suma: QUEM É JESUS?
UM QUADRO VERDADEIRO DE
JESUS
Jesus é amplamente reconhecido
como a pessoa mais fascinante da história. Ele tem sido a figura dominante da
cultura ocidental. Os estudiosos calculam que já nasceram mais de 13 biliões de
pessoas no mundo ao longo de toda a história da humanidade [3].
Mas nenhuma pessoa provocou tanto impacto na história como Jesus Cristo. A
história da humanidade é dividida em antes e depois dele. Ele evidentemente
continua surpreendendo as pessoas hoje, da mesma maneira que surpreendia as
pessoas a dois mil anos atrás. Portanto, ninguém pode se dar ao luxo de ignorar
Jesus.
Jesus não é um mito. Ele não é
uma projeção do imaginário coletivo. Os escritores do Novo Testamento dão-nos
um relato de testemunhas oculares de Jesus de Nazaré. Lucas começa o seu
evangelho com as seguintes palavras: “Visto que muitos houve que empreenderam
uma narração coordenada dos factos que entre nós se realizaram, conforme nos
transmitiram os que desde o princípio foram deles testemunhas oculares e
ministros da palavra, igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada
investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo
Teófilo, uma exposição em ordem, para que tenhas plena certeza das verdades em
que foste instruído” (Lc
1.1-4).
O apóstolo Pedro fez a seguinte
afirmação: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos
testemunhas oculares da sua majestade.” (2 Pe 1.16).
O apóstolo João, com clareza,
acrescenta: “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto
com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam,
com respeito ao Verbo da vida” (1 Jo 1.1).
Tais registos nos foram dados
por homens que eram francamente comprometidos em seguir a Jesus. Esse é o
testemunho daqueles que o conheciam, amavam-no e deram sua vida por ele.
Ademais, existem depoimentos
históricos sobre Jesus fora do Novo Testamento. Como o testemunho de Flávio
Josefo, historiador Judeu; de Cornélio Tácito, historiador romano; de Suetônio,
historiador romano. Todos comprovam a veracidade da existência histórica de
Jesus. Conforme o historiador Philip Schaff, “um caráter tão original, tão
completo, tão consistente, tão perfeito, tão elevado acima de toda grandeza
humana não pode ser nem fraude nem ficção. Teria de haver mais do que um Jesus
para inventar um Jesus.” [4]
C. S. Lewis, em seu livro ‘Mero
Cristianismo’ [5], escreveu o seguinte: quando você pensa em Cristo
há três possibilidades: (1º) Jesus é um mentiroso; ou (2º) é um lunático; ou
então (3º) é o Filho de Deus. Se Jesus não foi quem Ele disse ter sido, então
ele é um mentiroso. Se Cristo pensou que era quem ele não foi, então era um
lunático. Mas se Cristo é, de facto, quem ele disse ter sido, então ele é o
Filho de Deus.
Não podemos aceitar a tese que
ele tenha sido um bom homem, um exemplo, um modelo de moralidade, um bom
mestre, um espírito iluminado, sem ser o Filho de Deus. Porquanto Ele disse ser
o Filho Unigénito de Deus! E se ele não é o filho de Deus, então ele mentiu. E
se ele mentiu, então ele não pode ser um bom homem; ele não pode ser um bom
mestre; ele não pode ser um espírito iluminado.
Na verdade, não há meio termos
em relação a Jesus - Ele é quem disse ter sido ou então a igreja cristã nestes
vinte séculos esteve absolutamente equivocada.
Não obstante estamos cientes de
que Jesus não é uma mera figura de interesse histórico. Estamos cientes das
afirmações de que Jesus é o Filho de Deus, o Salvador do mundo. Portanto,
compreendemos que temos de fazer uma decisão sobre ele - a favor ou
contra.
Conforme lemos em 2 João, essa
é uma decisão que afeta o destino eterno de uma pessoa. Portanto, há muita
coisa em jogo em nosso entendimento de Jesus. É uma questão de importância
vital para cada um de nós.
JESUS SEGUNDO AS ESCRITURAS
1. A história da redenção é
centrada em Cristo
Nas Escrituras Jesus é
apresentado como o objecto das profecias. A sua vinda não foi acidental. Como
diz a Escritura em Gl 4.4: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” (Mq 5.2, cf. tb. Is 7.14).
Todo o Antigo Testamento foi
uma preparação para a sua vinda. Como escreveu Pedro: “O qual, na verdade, em
outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado
nestes últimos tempos por amor de vós” (1 Pe 1.20).
Toda Escritura mostra Jesus. Em
alguns casos, ela faz isso apontando para a frente (como no Antigo Testamento);
em alguns casos, apontando para trás (como no Novo Testamento, depois dos
evangelhos).
O Novo Testamento é o relato da
história de Jesus Cristo como foi previsto no Antigo Testamento, que foi
ilustrada por várias testemunhas nos Evangelhos, disseminada em Atos, aplicada
em vários ambientes nas epístolas, e que culminará um dia no julgamento cósmico,
como revelado no Apocalipse.
Para aqueles que se recusavam a
ver Cristo nas Escrituras, Jesus disse: “Vós examinais as Escrituras, pois
julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim” (João 5.39). Após sua ressurreição, Jesus abriu o
entendimento de seus discípulos, começando com os livros de Moisés e através
das Escrituras, explicando o que esses textos diziam a respeito dele (Lucas 24.25).
Portanto, a história da
redenção é centrada em Cristo. Ele é o tema de toda a Escritura. Cristo é o
centro da história. Ele é a figura central da igreja. Ele é a figura central no
céu (Ap 5.11-14). Ele é a revelação mais completa e
perfeita de Deus (Jo 1.18).
2. Jesus é o Filho de Deus
Como disse o anjo Gabriel, da
parte de Deus, a virgem Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há
de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35). O ente que vai nascer de
Maria já existia antes dela. O Filho precede a mãe. Jesus foi concebido por
obra do Espírito Santo. O verbo se fez carne por uma obra milagrosa do Espírito
Santo no ventre da virgem Maria. Como Deus ele sempre existiu. Como homem foi
gerado pelo Espírito Santo. [6]
Jesus é chamado o ‘monogenes’,
‘o único gerado’ do Pai. Da mesma essência do Pai. Isto é o que a Igreja cristã
entende quando fala de Jesus como sendo eternamente gerado – que ele era
“gerado, mas não criado”.
Apenas o facto de Jesus ser o
Filho já diz tudo. Ser filho implica existência do Pai. O Deus que o Filho
revela é, acima de tudo, Pai (Jo 14.6).
Antes de tudo o mais, antes mesmo de criar, esse Deus era o Pai que amava seu
Filho (Jo 17.24). Antes das demais coisas, por toda a
eternidade, esse Deus estava amando, dando a vida e deleitando-se no Filho [7].
Pai é eterno e o Filho é
igualmente eterno. Nunca houve um tempo em que o Filho não era Filho e nunca
ouve um tempo em que o Pai não era Pai. Deus não poderia ser amor se não
houvesse alguém para amar. Ele não poderia ser Pai sem o Filho (a quem ele ama
por meio do Espírito). Ele é amor, e ele não precisa criar para ser quem é. Se
assim fosse, ele seria alguém carente e solitário!
O Pai, assim, é o Pai do Filho
eterno, e ele encontra a própria identidade, sua Paternidade, em amar e
transmitir sua vida e ser ao Filho.
Lemos em Mateus 3.16,17,
que “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu
o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos
céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”. Jesus aqui é
descrito como o Filho de Deus. Deus é seu Pai. E ele é o Cristo, o ungido com o
Espírito. Vemos aqui que o Pai ama seu Filho dando-lhe seu Espírito. Como
escreveu Michael Reeves [7], “desde toda a eternidade, o
Pai e o Filho têm se deleitado em partilhar seu amor e alegria com o Espírito,
e por meio dele.”. Portanto, quando começamos com o Jesus da Bíblia, chegamos
ao Deus triúno. Quando proclamamos Jesus, o Filho do Pai ungido pelo Espírito,
proclamamos o Deus triúno.
3. Jesus é Deus plenamente
Jesus faz o que somente Deus é
capaz de fazer, como perdoar pecados (Mc 2.1-12),
dar vida (Jo 5.21), ressuscitar os mortos (Jo 11.43). Ele julgará todas as pessoas no juízo
final (Jo 5.22,27).
Ao lermos o Novo Testamento
podemos encontrar as seguintes declarações: “porquanto, nele [Jesus], habita,
corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” (Colossenses 2.9)…“aguardando a bem-aventurada esperança e
o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.” (Tito 2.13) … “dos quais são os pais, e dos quais é
Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.” (Romanos 9.5) … “E sabemos que o Filho de Deus veio e
nos deu entendimento para que conheçamos ao Deus verdadeiro. Agora, vivemos em
comunhão com o Deus verdadeiro, porque vivemos em comunhão com seu Filho, Jesus
Cristo. Ele é o Deus verdadeiro e é a vida eterna.” (1 João 5.20).
O “verdadeiro Deus e a vida
eterna” em 1 João 5.20 é Jesus Cristo. Compreender a frase como se referindo ao
Pai tornaria o versículo repetitivo; além disso, a frase “vida eterna” também é
aplicada a Cristo em 1 João 1.2. [8]
O escritor aos Hebreus declara:
“Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8). O apóstolo Tomé, depois de ver e de por
o seu dedo nos sinais dos cravos, e a sua mão no lado onde transpassaram Jesus
com uma lança; “Respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28).
No prólogo de João, Jesus é
apresentado como o ‘Logos’ - a Palavra eterna, preexistente e agora encarnada (1.1; 1.14) e como o Filho único do Pai, que é ele
próprio Deus (1.1, 1.18). João 1.1 diz: “No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. Para João, o ‘Logos’ era uma
pessoa e não um princípio.
O Logos se fez carne (1.14). Ele “habitou” (“armou sua tenda”) entre nós”. Para os
gregos antigos, nada era mais escandaloso do que a ideia de encarnação. Os
gregos tinham uma visão dualista de espírito e matéria, por isso lhes era
inconcebível que Deus, se ele realmente existisse, assumisse a carne
humana.
O apóstolo João, sob a
inspiração do Espírito Santo, olhou para o Cristo pessoal e histórico e viu
nele a manifestação da pessoa eterna por cujo poder transcendente todas as
coisas são sustentadas. Jesus é o ‘Logos’ que criou o céu e a terra. É o poder
transcende que está por trás do universo. Ele é a realidade última de todas as
coisas. [1]
João disse que o ‘Logos’ é não
somente um com Deus. Ele é Deus. O ‘verbo’ (‘logos’, no grego) tanto está com
Deus quanto é Deus. Nisto, vemos que o logos tanto é distinto de Deus quanto é
identificado com Deus. Portanto, temos de ver um sentido em que Cristo é o
mesmo que Deus, o Pai, mas, apesar disso, sermos capazes de distingui-Lo do
Pai.
O contexto indica claramente
que esse "Deus" sobre o qual João está falando (o ‘logos’) é o único
Deus verdadeiro que criou todas as coisas (Jo 1.3). Portanto, ideia de
distinguir e identificar não é uma intrusão no texto do Novo Testamento, e sim
uma distinção que textos como este de João exigem. O Pai e o Filho são um ser,
mas distintos em termos de personalidade.
João diz que o Logo existia com
Deus (‘pros ton Theon’), ou seja, face a face, em um relacionamento de
intimidade. O ‘Logos’ desfruta deste tipo de intimidade, um relacionamento face
a face com o Pai, desde toda a eternidade. O Pai e o Filho são um em seu
relacionamento, bem como em seu ser. [1]
Resumindo, Jesus é o Verbo
eterno, Deus co-igual, co-eterno e consubstancial com o Pai (Jo 1.1,2,14). Ele não passou a existir, ele é Deus
desde a eternidade. Ele é o Pai da eternidade (Is 9.6). Ele desfrutou sempre da glória do Pai, antes que houvesse mundo (Jo 17.5). Sua relação com o Pai é eterna [6].
Jesus é o Criador e sustentador
do universo, “… tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as
coisas, e todas as coisas subsistem por ele” (Cl 1.16-17). Sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3). Ele criou o universo e tudo o que nele há. “Ele, que é o
resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as
coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas.” (Hebreus 1.3). Jesus Cristo está no controlo da
história. Ele está a Destra de Deus. Ele é Deus Todo-Poderoso. Ele reina! (Mt 28.18). [10, 11, 12]
4. Jesus é verdadeiro homem
O apóstolo Paulo, em Filipenses
2.5-8, disse: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a
Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em
semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou,
tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.”
Aquilo de que Jesus se esvaziou
não foi da sua natureza divina. Essa passagem não diz, em parte alguma, que ele
deixou de possuir a natureza divina. Isso torna-se mais claro quando
consideramos Colossenses 2.9: "porquanto, nele, habita, corporalmente,
toda a plenitude da Divindade".
É digno de nota que "a
forma de servo” (v. 7) contrasta com o "igual a Deus" (v. 6). Apesar de não deixar de ser como o Pai no que diz
respeito à sua natureza divina, ele tornou-se funcionalmente subordinado ao Pai
durante o período de encarnação.”
O uso da palavra “forma”
(‘morphê’, no grego), em Filipenses 2.6-8, indica que a pessoa única, Jesus,
tinha as duas naturezas. Portanto, Jesus tem duas naturezas distintas, mas
apenas uma personalidade, singular e não dividida. Ele é Deus-Homem. Ele é
verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Na encarnação, ele assume a
natureza humana. Ele esvaziou-se durante a sua encarnação. Não foi um
esvaziamento da sua divindade, nem uma mudança da divindade para a humanidade,
mas o abrir mão dos privilégios e submeter-se à direcção do Pai. A encarnação,
portanto, é a união das duas naturezas, divina e humana, presentes em uma só
pessoa, Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (Jo 1.1-18). [9, 12, 13]
5. Jesus é um ente santo, ele
não herdou o pecado original (Lc 1.35).
Nós nascemos em pecado, pois
herdamos a corrupção e o pecado de Adão. Mas Jesus nasceu sem pecado, nele não
havia pecado. Como diz a Escritura: “o qual não cometeu pecado, nem na sua boca
se achou engano” (1 Pe
2.22). Ele foi tentado,
mas jamais cedeu à tentação (Hb
4.15). Nunca se achou
dolo em sua boca. Ele obedeceu completamente a lei em nosso lugar. Ele nasceu
sem pecado, viveu sem pecado, venceu o pecado e morreu pelos nossos pecados.
Sua vida foi irrepreensível, suas palavras irrefutáveis, suas obras
irresistíveis. O escritor aos Hebreus, no capítulo 7.26 declarou: “Porque nos
convinha tal sumo-sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores, e feito mais sublime do que os céus”.
Para ser salvador Cristo tinha
de satisfazer três exigências:
(1º) Tinha de ser um de nós para que pudesse morrer e remir-nos. Ele tinha de nos representar sobre todos os aspectos (Hb 4.15).(2º) Tinha de ser sem pecado para ter a perfeição que Deus exige (2Co 5.21).
(3º) Tinha de ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida infinita e arcar com toda a pena de todos os pecados de todos os que cressem nele. Além do mais, a Bíblia diz que salvação vem do Senhor (Jn 2.9). É ele, portanto, que tinha de prover o próprio sacrifício que exigiu (At 20.28).
6. Jesus Cristo é salvador do
mundo
Ele veio para salvar o seu povo
de seus pecados (Lc 19.10;
1Tm 1.15; Jo 3.17; Mt 20.28). Foi para que os homens pudessem nascer de Deus, que Deus
primeiro nasceu dos homens. (Jo
1.11,12, cf. tb. 1 Jo 5.1).
Ele veio porque todos pecaram (Rm 3.23). Adão pecou como o cabeça federal, como o
representante da humanidade (Rm
5.12). Estávamos todos em
Adão; fomos separados com ele de Deus. Já nascemos pecadores (Sl 51.5, 58.3). Herdamos de nossos primeiros pais a
natureza do pecado. Já nascemos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1). A corrupção radical e a inabilidade total
do ser humano em salvar a si mesmo é a prova que precisamos de um Salvador (Rm 3.10-12).
Ele veio para morrer como um
sacrifício. Ele nasceu como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Ele nasceu como nosso substituto. Ele
carregou em seu corpo o nosso pecado. Ele deu sua vida por nós. Ele morreu a
nossa morte para que pudéssemos viver a sua vida (Rm 6.23; 2Co 5.21). A sua morte foi substitutiva e
voluntária.“Ele se entregou. Se deu a si mesmo por nossos pecados” (Gl 1.4)A cruz de Cristo é a demonstração mais eloquente do amor de
Deus aos homens (Jo 3.16;
Rm 5.6).
CONCLUSÃO
Jesus Cristo é o único Caminho para Deus (Jo 14.6; 1Tm 2.5; At 4.12). Quem nele crê tem a vida eterna (Jo 5.24; Rm 8.1).Jesus Cristo é o Senhor. A Bíblia diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido” (Romanos 10.9-11). É necessário confessar que Jesus é o Senhor (‘Kyrios’). A confissão do senhorio de Cristo está baseada no conceito do Antigo Testamento sobre o invocar o nome de YAHWEH (Joel 2.32). Fazer isso é reconhecer a divindade a Jesus Cristo. E todo aquele que confessar a Jesus como Senhor será salvo (Rm 10.9).
Pr Leonardo Moraes
______________________
Referências
bibliográficas:
[1] Stott, J. R. W. 1982. As epístolas de
João: introdução e comentário. SP: Vida Nova.
[2] Sproul, R.C., 2013. Quem é Jesus? 1a Ed.
São José dos Campos, SP: Editora FIEL, p. 18-61.
[3] LaHaye, T. 2009. Jesus: descura os
mistérios do homem que fascinou o mundo e mudou a história da humanidade.
SP: Thomas Nelson Brasil.
[4] McDowell, J. 2013. Novas evidências que
demandam um veredito: Evidência 1 & 2. SP: Hagnos.
[5] Lewis, C. S. 1997. Mero
Cristianismo. SP: Quadrante.
[6] Lopes, H. D. 2017. Lucas: Jesus, o homem
perfeito. SP: Hagnos.
[7] Reeves, M. 2014. Deleitando-se na
trindade: uma introdução à fé cristã. DF: Monergismo.
[8] Sproul, R.C. org., 2015. The Reformation
Study Bible. Orlando, FL: Reformation Trust.
[9] Berkhof, Louis. 1990. Teologia
Sistemática. Campinas: Luz Para o Caminho.
[10] Campos, Heber Carlos de. 2004. A união
das naturezas do Redentor. São Paulo: Cultura Cristã.
[11] Erickson, Millard J. 2015. Teologia
Sistemática. São Paulo: Vida Nova.
[12] Grudem, W. A. 1999. Teologia Sistemática:
atual e exaustiva. São Paulo: Vida Nova.
[13] A Confissão de Fé Batista de Londres de
1689. Capítulo 8: Cristo, o Mediador.