“...para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e um lugar entre os santificados pela fé em mim”
A Igreja do Senhor Jesus existe para adorar a Deus, admirando a Sua majestade, magnificando a Sua pessoa e exibindo a Sua incomparável glória. Esta é a sua principal razão de ser. Ela existe para “glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre”.
O magnífico propósito de glorificar a Deus revela, em si mesmo, a natureza da Igreja do Senhor Jesus, visto que esta representa o povo redimido, que foi liberto do poder (ou potestade) das trevas e transportado para o reino do Filho de Deus, e salvo pela Sua maravilhosa graça (Colossenses 1: 13, 14).
O conjunto de homens e mulheres comprados pelo imaculado sangue do Senhor Jesus, derramado na cruz do Calvário, constitui o Sacerdócio santo (separado), cujo serviço é adorar ao Rei que salva e oferecer sacrifícios de louvor, exibindo a glória divina, por meio de Cristo (1 Pedro 2: 5). Este é o propósito último e eterno da existência da Igreja do Senhor Jesus, do povo de propriedade exclusiva de Deus.
Enquanto aguarda pelo regresso do seu amado Salvador, a Igreja de Cristo tem como missão anunciar as virtudes (ou seja, poder e excelência moral) do grande Deus, proclamando o Evangelho da salvação (1 Pedro 2: 9).
A sua missão, portanto, consiste em abrir os olhos (espirituais) de homens e mulheres, deslumbrados pelo príncipe deste mundo, cujo alvo é afastá-los de Deus e da Sua maravilhosa graça, a fim de que não enxerguem o perigo em que se encontram (2 Coríntios 4: 4).
A Igreja, em geral (e cada crente em particular), deve realizar esta tarefa munida do poderoso instrumento, por meio do qual esta missão deve ser levada a cabo, que é o evangelho da salvação (Romanos 1: 16). Este é o meio instrumental, usado por Deus, para iluminar a mente dos ouvintes, transmitindo-lhes a mensagem de poder, que os arrancará da tenebrosa sombra do pecado e da alienação divina para a maravilhosa luz, libertando-os, deste modo, do maligno poder (ou domínio) de Satanás, a fim de desfrutarem o gozo e a segurança que se encontram em Deus.
Esta experiência da nova vida em Cristo, e das bênçãos que nela se gozam, explica a razão pela qual o Senhor Jesus morreu e ressuscitou. Ele morreu para nos dar vida e ressuscitou para nos assegurar a solidez dessa mesma vida. Morreu pelos nossos pecados, mas ressuscitou para a nossa justificação (Romanos 4: 25). A Sua morte garantiu-nos o perdão dos nossos pecados; a Sua ressurreição confirmou o facto de que, de todas as acusações de Satanás, fomos declarados, pelo próprio Deus, inocentes. Aleluia!
Assim, fazer missões é proclamar aos homens o perdão dos seus pecados, chamando-os a responder, com fé, à graça e ao poder divinos, revelados na morte e na ressurreição do Senhor Jesus, a fim de que tenham um lugar no Reino e participem da herança que pertence a todos aqueles que respondem à chamada do Espírito do Senhor. Celebremos a Páscoa, vivendo a nova vida que há em Cristo, proclamando todos a mensagem da salvação.
Soli Deo Glória!
in Boletim nº 101
04 Abril 2010