“Quão formosos sobre os montes são os pés do que
anuncia as boas-novas, que proclama a paz, que anuncia coisas boas, que
proclama a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina”
(Isaías 52:7)
Os factos
históricos relatados nas páginas das Sagradas Escrituras constituem aquilo que
se denomina “História da Redenção”. Esta terminologia deve-se ao facto de que
esta História Sagrada, procura destacar os momentos mais importantes da
intervenção de Deus na criação, por meio de um processo gradual de
auto-revelação divina.
Ao longo dos
séculos Deus, na sua soberania, vem realizando o seu eficiente plano de
salvação, chamando e usando homens e mulheres, na qualidade de agentes
secundários, mas ativos, no cumprimento da sua soberana vontade, com o
propósito último de levar a criação caída a uma experiência final de redenção e
de restauração.
Este projeto de
dimensão cósmica realiza-se através da manifestação do poder divino, ao chamar
homens e mulheres, de todas as tribos e nações, a fim de formarem um reino
sacerdotal, cuja natureza consiste na partilha do caráter e da
identidade do próprio Deus, e cuja missão é a de anunciar as virtudes
(beleza e excelência moral) daquele que liberta o homem e o cura da sua
cegueira espiritual(1 Pedro 1:14-16; 1 Pedro 2: 5, 9).
Se a natureza
desta nova comunidade de fé, formada por homens e mulheres regenerados pelo
poder do Espírito Santo, se evidencia pela marca distintiva da santidade
de vida e por uma constante atitude de devoção e de adoração a Deus, a sua missão materializa-se
e se cumpre por meio do anúncio das boas-novas a todos os que
vivem alienados de Deus e escravizados pelo poder do maligno, a fim de que
conheçam aquele que é a fonte da verdadeira vida e experimentem a multiforme
graça do bom Pai.
Isaías afirmou
que os pés daqueles que anunciam as boas-novas de salvação são “formosos”,
“suaves”, “belos”, querendo com isto dizer que os portadores das boas-novas são
bem-aventurados e abençoados por se envolverem no maior e mais importante empreendimento
humano, de escala mundial.
“Formosos”,
“suaves” e “belos” são os pés de homens e mulheres que, tendo a consciência da
urgência da missão, se apressam a anunciar a mais importante notícia alguma vez
ouvida.
Ao tornarem
conhecidas as boas-novas, os crentes, alcançados pela graça de Deus, anunciam a
paz de Deus, proclamam a salvação que Ele oferece e afirmam a
veracidade do seu Reino sobre o universo.
Com esta
declaração de Isaías, que expressa de um modo singular a missão do povo de
Deus, concluímos que fazer missões é, acima de tudo, o compromisso de proclamar
as boas novas, as boas notícias de que há um Deus que, por meio da fé em
Cristo, justifica o ser humano, concedendo-lhe a Sua paz,
que há um Deus que salva e livra do pecado e do mal, e que há um Deus
que reina, cujo governo é eterno e cuja vontade deve ser obedecida na terra
como é no céu. É nisto que consiste o anúncio das virtudes daquele que nos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
Que o Senhor da
missão torne os nossos pés “belos”, “suaves”, “velozes” e preparados para
anunciar a mensagem mais importante que os nossos concidadãos devem ouvir. Que
ao celebrarmos o mês de missões mundiais, sintamos todos a responsabilidade e o
privilégio indizível de participar o grande plano de Deus, que deseja salvar a
todos os homens e mulheres (sem distinção) sejam salvos, pela pregação da
mensagem da cruz. Soli Deo Gloria!
Pr. Samuel Quimputo
Boletim 137, 31 março de 2013